sábado, 22 de maio de 2010

A Versatilidade do Educador Musical Contemporâneo

O educador musical deve agregar conhecimentos de variadas áreas bem como estar disposto a experimentar variadas possibilidades.

Desde o racionalismo extremo experimentado no séc. XIX, quando começamos a perceber uma estruturação de alguns conceitos sobre a educação musical até os educadores contemporâneos, pudemos observar como foi poderosa a influência que as características humanas relacionadas ao comportamento, à economia e a política em geral exerceram no desenvolvimento da educação musical.

Dada essa realidade, se compararmos a educação musical paralelamente com os anseios, necessidades e comportamentos desde o séc.XIX, perceberemos que ela no início existia de forma estruturada, porém um pouco isolada, pois o ensino em geral naquela época tinha essa característica, sendo algo mais linear.

Já nos dias atuais, de acordo com a própria característica da sociedade contemporânea que se mostra cada vez mais competitiva, a formação do homem deve se basear no conhecimento completo do mundo, ou seja, não se valoriza mais aquela pessoa que é extremamente competente em uma função, porém em outra, uma alienada. A versatilidade de habilidades se tornou uma meta primordial a ser atingida por pessoas que almejam se suceder bem no trabalho e na vida em geral.

Temos nas escolas regulares hoje em dia, o conceito da interdisciplinaridade muito abordado nas metodologias tratadas em cada instituição.
Para o educador musical, essa concepção não pode estar à deriva se o mesmo quiser fazer de seu trabalho, algo contextualizado e que condiz com as necessidades da sociedade atual.

Não se pode mais esperar de um educador musical, um simples transmissor de conteúdos, exige-se do educador musical atualmente uma alta gama de conhecimentos relacionados e não relacionados com a sua área.

Sabe-se hoje que para o educador musical estar habilitado a produzir seus próprios materiais ou a desenvolver a sua própria metodologia, ele deve se prover de conhecimentos elementares da psicologia e pedagogia, por um motivo óbvio, espera-se que o professor atenda aos requisitos básicos da educação como a compreensão dos processos de desenvolvimento do indivíduo e os tipos de comportamento de cada faixa etária. Assim como, devemos esperar que este profissional esteja capacitado de tal forma a não deixar que as suas atividades e dinâmicas se descontextualizem em relação ao tempo, pois sabemos que crianças e adolescentes não gostam de receber informações ilhadas, que não fazem sentido para eles naquele momento.

Para isso este profissional deve ter também o conhecimento da história da música e da história, ou seja, relacionar um assunto de difícil compreensão com fatos históricos, assim como proporcionar a compreensão do comportamento das pessoas em determinada época sempre serão ótimas alternativas para a eficiência do trabalho.

Mas apesar de sabermos que hoje o total conhecimento da música em si não basta, também consideramos que o contrário seria muito pior, pois para o experimento de possibilidades dentro de um programa educacional, este educador não pode abrir mão da total fluência sobre o assunto, mesmo porque, não devemos subestimar a capacidade dos alunos e devemos estar preparados para qualquer situação, seja ela musical ou não.







Inclusão Digital e o Processo Educativo

A inclusão digital nos processos educacionais

O termo inclusão digital certamente se estabelece como um dos que mais se abordam nas sociedades em desenvolvimento do séc. XXI, dada a necessidade que se associa ao tema.

Essa necessidade é caracterizada pelas conjunções que a vida contemporânea tem abarcado como a utilização das máquinas no cotidiano profissional, a utilização de eletrodomésticos, a modernização dos meios de transportes aos quais sem um mínimo de conhecimento da linguagem digital não se pode ao menos utilizar um ar condicionado e principalmente a comunicação e o armazenamento e compartilhamento de conhecimentos coletivos e individuais, entre outros.

Mediante a problemática da inclusão digital como uma política social nas sociedades em desenvolvimento, muito se debate sobre os requisitos que essa política exigiria para o seu cumprimento até chegar-se a conclusão de que não há como se incluir um indivíduo, ou uma comunidade ao mundo digital, sem que primeiramente se pense em um sistema que os ensine a como participar dessa inclusão.


Deste ponto à diante se chega à realidade do analfabetismo como um dos principais problemas para essa inclusão, sabendo-se que a linguagem da informática e da computação exige um prévio conhecimento sendo este de no mínimo, certa familiarização da escrita, assim como da leitura.

Devido a essa questão, debate-se que antes da inclusão digital deva-se pensar na inclusão social através primeiramente da educação, problematiza-se que primeiro o indivíduo desenvolve a leitura, a escrita e as formas de linguagem mais variadas antes de adentrar-se para o universo digital.

Diante do caráter educacional, sabe-se dos desafios atuais que educadores têm enfrentado como: como chamar a atenção de alunos em sala de aula, por exemplo, sendo sugerida uma análise a qual se atribui como um dos motivos desta aparente falta de motivação por parte dos alunos, a inexistência ou a pouca utilização da informática no planejamento e na execução dos trabalhos de professores (BUARQUE, 2009).

Sob esta perspectiva, se pondera que em uma sociedade que se informatiza em velocidade acelerada como na atualidade, a maneira com que estudantes de todas as idades adquirem informações se dá de forma também muito rápida e muito expressiva sendo uma das razões o potencial interativo com que a informática traz o conhecimento. Em outras palavras, estudantes da atualidade possuem enciclopédias virtuais, acesso a fóruns, blogs, comunidades de todas as espécies, acesso a artigos, periódicos e informação da mais variadas formas dentro da informatização.

Trazendo então essa realidade à escola, percebe-se na grande maioria das situações que professores coordenadores e diretores não estão preparados para lidar com tamanho dinamismo. Essa realidade é ainda agravada pela inexistência de uma estrutura informatizada na escola. Ou seja, como podemos exigir de alunos que possuem acesso a computadores em grande parte de seu tempo, uma atenção em um programa educacional baseado ainda em moldes arcaicos onde as únicas ferramentas são o livro didático, o quadro negro e o giz?

O senador Cristovam Buarque (2009), durante a abertura de um evento sobre a educação utilizou de um exemplo muito expressivo para explicitar o tamanho dessa dissonância:

“... se tivesse dormido nos anos 70 e acordado agora, não conseguiria ir a um banco pois não compreenderia a linguagem automatizada dos caixas eletrônicos, não conseguiria dirigir um carro de câmbio automático, não entraria em um shopping com medo das portas com aberturas automáticas, mas na escola, conseguiria freqüentar as aulas, pois esta não mudara...”

Diante dessa realidade, elenca-se a possibilidade de uma reformulação do ensino brasileiro onde se estruturaria os mecanismos educacionais de acordo com a inclusão digital.

Paralelamente, aborda-se o caso do EaD (Ensino a Distância), fortalecendo a democratização do ensino e do conhecimento para a sociedade brasileira, pois sabe-se que esta modalidade educacional chega a um aluno e a uma comunidade e não o contrário, onde o aluno tem que se mudar de endereço, ás vezes para cidades a centenas de quilômetros de sua moradia com o objetivo de obter a busca de uma transformação intelectual, econômica e cultural.

A inclusão digital na educação brasileira, certamente contribuiria positivamente e de maneira muito efetiva no ensino da sociedade em geral.






Referências:
BUARQUE, Cristovam. Fórum Regional do Educacionismo. Ourinhos. 15 e 16 mai. 2009.





Bem Vindo!

Olá! Me chamo Hallyson de Oliveira e pretendo através deste blog, contribuir para o desenvolvimento da educação musical em nosso país postando trabalhos acadêmicos, colunas, reflexões e textos que abordem o assunto em geral.