sábado, 22 de maio de 2010

Inclusão Digital e o Processo Educativo

A inclusão digital nos processos educacionais

O termo inclusão digital certamente se estabelece como um dos que mais se abordam nas sociedades em desenvolvimento do séc. XXI, dada a necessidade que se associa ao tema.

Essa necessidade é caracterizada pelas conjunções que a vida contemporânea tem abarcado como a utilização das máquinas no cotidiano profissional, a utilização de eletrodomésticos, a modernização dos meios de transportes aos quais sem um mínimo de conhecimento da linguagem digital não se pode ao menos utilizar um ar condicionado e principalmente a comunicação e o armazenamento e compartilhamento de conhecimentos coletivos e individuais, entre outros.

Mediante a problemática da inclusão digital como uma política social nas sociedades em desenvolvimento, muito se debate sobre os requisitos que essa política exigiria para o seu cumprimento até chegar-se a conclusão de que não há como se incluir um indivíduo, ou uma comunidade ao mundo digital, sem que primeiramente se pense em um sistema que os ensine a como participar dessa inclusão.


Deste ponto à diante se chega à realidade do analfabetismo como um dos principais problemas para essa inclusão, sabendo-se que a linguagem da informática e da computação exige um prévio conhecimento sendo este de no mínimo, certa familiarização da escrita, assim como da leitura.

Devido a essa questão, debate-se que antes da inclusão digital deva-se pensar na inclusão social através primeiramente da educação, problematiza-se que primeiro o indivíduo desenvolve a leitura, a escrita e as formas de linguagem mais variadas antes de adentrar-se para o universo digital.

Diante do caráter educacional, sabe-se dos desafios atuais que educadores têm enfrentado como: como chamar a atenção de alunos em sala de aula, por exemplo, sendo sugerida uma análise a qual se atribui como um dos motivos desta aparente falta de motivação por parte dos alunos, a inexistência ou a pouca utilização da informática no planejamento e na execução dos trabalhos de professores (BUARQUE, 2009).

Sob esta perspectiva, se pondera que em uma sociedade que se informatiza em velocidade acelerada como na atualidade, a maneira com que estudantes de todas as idades adquirem informações se dá de forma também muito rápida e muito expressiva sendo uma das razões o potencial interativo com que a informática traz o conhecimento. Em outras palavras, estudantes da atualidade possuem enciclopédias virtuais, acesso a fóruns, blogs, comunidades de todas as espécies, acesso a artigos, periódicos e informação da mais variadas formas dentro da informatização.

Trazendo então essa realidade à escola, percebe-se na grande maioria das situações que professores coordenadores e diretores não estão preparados para lidar com tamanho dinamismo. Essa realidade é ainda agravada pela inexistência de uma estrutura informatizada na escola. Ou seja, como podemos exigir de alunos que possuem acesso a computadores em grande parte de seu tempo, uma atenção em um programa educacional baseado ainda em moldes arcaicos onde as únicas ferramentas são o livro didático, o quadro negro e o giz?

O senador Cristovam Buarque (2009), durante a abertura de um evento sobre a educação utilizou de um exemplo muito expressivo para explicitar o tamanho dessa dissonância:

“... se tivesse dormido nos anos 70 e acordado agora, não conseguiria ir a um banco pois não compreenderia a linguagem automatizada dos caixas eletrônicos, não conseguiria dirigir um carro de câmbio automático, não entraria em um shopping com medo das portas com aberturas automáticas, mas na escola, conseguiria freqüentar as aulas, pois esta não mudara...”

Diante dessa realidade, elenca-se a possibilidade de uma reformulação do ensino brasileiro onde se estruturaria os mecanismos educacionais de acordo com a inclusão digital.

Paralelamente, aborda-se o caso do EaD (Ensino a Distância), fortalecendo a democratização do ensino e do conhecimento para a sociedade brasileira, pois sabe-se que esta modalidade educacional chega a um aluno e a uma comunidade e não o contrário, onde o aluno tem que se mudar de endereço, ás vezes para cidades a centenas de quilômetros de sua moradia com o objetivo de obter a busca de uma transformação intelectual, econômica e cultural.

A inclusão digital na educação brasileira, certamente contribuiria positivamente e de maneira muito efetiva no ensino da sociedade em geral.






Referências:
BUARQUE, Cristovam. Fórum Regional do Educacionismo. Ourinhos. 15 e 16 mai. 2009.





Um comentário:

  1. A tecnologia dispoe de novas ferramentas a cada dia para facilitar e eficientizar processos. O Brasil não é desenvolvido porque não investe no seu futuro, na educação do seu povo. Vamo para de quere traze copa do mundo e vamo faze esse país i pra frente.

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