Guitarra
Hallyson Chrystiano Paschoalino de
Oliveira
A
guitarra é o instrumento musical mais popular atualmente, talvez isto se deva a praticidade da sua construção, assim como o seu tamanho
relativamente pequeno e também de um aprendizado demasiadamente prático em
relação à sua técnica que se tornou também muito popular.
Outro
fato que fez com que a sua popularidade se inflasse mundo afora certamente foi
o surgimento e a propagação do rock
no séc.XX. Neste ritmo musical, muitos músicos que tocavam ou ainda tocam este
instrumento ganharam status de mito, como Chuck Berry, Jimi Page, Jimi Hendrix,
Eric Clapton, entre outros.
O
fato destes músicos serem na totalidade de países de idioma nativo
inglês, prova esta influência do rock
em sua popularidade, por ser este ritmo proveniente de raízes anglo-saxônicas.
Mas
não é só no rock que temos nomes
importantes de guitarristas. Na guitarra clássica, expressa pela sua versão
acústica, temos nomes como o do espanhol André Segóvia e Francisco Tárrega.
Na
música flamenca, um ritmo espanhol de influência árabe, temos o grande expoente
da guitarra Paco de Lucia.
Temos também uma gama enorme de talentosos
guitarristas no Brasil que apesar de não serem tão reconhecidos pelos meios
midiáticos, representam uma grande fonte de influência didática para os
estudantes brasileiros do instrumento.
Nomes
como Baden Powell, Rafael Rabelo, Hélio Delmiro, Dino sete cordas, Guinga,
Yamandú Costa, Juarez Moreira, Heraldo do Monte, Lula Galvão, Ricardo Silveira,
Nelson Faria, Maurício Carrilho, Toninho Horta, entre outros, se fazem cada vez
mais conhecidos no cenário internacional como músicos de elite da escuderia
guitarrística brasileira representados por ritmos como Choro, Samba, Baião, Bossa
Nova, entre outros ritmos.
Toninho Horta - http://www.mpbnet.com.br/musicos/toninho.horta/index.html
Mesmo
no Rock, o Brasil construiu a sua
tradição guitarrística nas últimas décadas do século XX com o surgimento e
reconhecimento de músicos como: Sérgio Dias, Faíska, Kiko Loureiro, Eduardo
Ardanuy e muitos outros, sendo que muitos desses, se não a maioria, consideram como
grande influência o grande mestre da guitarra paulistana, Mozart Mello.
A classificação
da guitarra é um pouco complexa, pois apenas em países cujo idioma nativo é o
português, ela possui nomes específicos para a distinção dos modelos elétricos
e acústicos.
No
Brasil, assim como em Portugal, dá-se o nome de Violão para a guitarra acústica e de Guitarra propriamente dita para as elétricas. Temos nos países de
idioma predominante inglês apenas o termo Guitar
para ambas e nos de idioma espanhol, Guitara.
Sendo
assim, em relação à organologia, pode ser classificada em sua versão acústica
como cordofone por ser um instrumento
de cordas beliscadas e também como eletrofone
em sua versão elétrica, pois desta maneira, precisa de um captador magnético e
de amplificadores para a captação e reprodução do seu som.
A
guitarra acústica (violão) é construída por madeiras, sendo as melhores Maple, Rosewood, Cedro Vermelho e Jacarandá. Possuem seis cordas de náilon
e são afinadas da seguinte maneira:
Corda
|
Afinação
|
Freqüência
|
1º
|
Mi
|
329.6Hz
|
2º
|
Si
|
246.92Hz
|
3º
|
Sol
|
196.0Hz
|
4º
|
Ré
|
146.8Hz
|
5º
|
Lá
|
110Hz
|
6º
|
Mi
|
82.4Hz
|
A
1ª corda situa-se embaixo, é a corda mais aguda e de aspecto físico mais fino.
Dividimos
a guitarra em três partes principais:
1. Corpo é a parte onde fica o
cavalete, que é onde as cordas são fixadas;
2. Braço é a parte reta onde
se divide as casas distinguindo os sons (notas) caracterizando o instrumento
como temperado, ou seja, as freqüências se dividem em Tons e Semitons;
3. Headstock, ou
mão, onde as cordas são presas e afinadas por uma espécie de roldanas que
chamamos de Tarraxas ou Cravelhas.
Para
a guitarra elétrica, temos a mesma divisão, porém, no corpo temos os captadores magnéticos que já foram
mencionados no texto. No cavalete que chamamos também de ponte as cordas não são amarradas e sim encaixadas, pois as cordas
da guitarra elétricas possuem “cabeças” que encaixam nos seis orifícios da
ponte.
Os Potenciômetros, que também se situam no
corpo, são botões que regulam o
volume e a tonalidade do som emitido, alterando o seu timbre. Também temos a chave seletora que aciona os captadores
de acordo com a necessidade do músico, também altera o timbre e fica no corpo
do instrumento.
A
guitarra elétrica possui um recurso muito importante que é a alavanca. A alavanca se situa na ponte
do instrumento proporcionando um efeito de trêmulo ou vibrato mediante a
mobilidade possibilitada por molas.
No
braço do instrumento, assim como no headstock
não temos mudanças, a não ser o aspecto físico caracterizado pelo acabamento na
sua construção.
Em
relação às origens do instrumento, tem se informações muito imprecisas, porém
sabemos que a guitarra, assim como a conhecemos, tem influências de um
instrumento espanhol chamado Vihuela
que também seria uma evolução do Ud
árabe e da Cozba romana.
Referências
Bibliográficas:
BUENO, Chris. História da Guitarra. Trombeta
do café, 2000. Disponível em: http://trombeta.cafemusic.com.br/trombeta.cfm?CodigoMateria=1022.
ERIC
CLAPTON. Site oficial. Disponível em: http://www.ericclapton.com/photos/claptonwinwood-11.
MPBNet. Toninho Horta. http://www.mpbnet.com.br/musicos/toninho.horta/index.html.
SADIE,
Stanley. Dicionário Grove de Música: edição concisa. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Ed., 1994.
Wikipédia, a enciclopédia livre. Guitarra.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guitarra.