quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Propostas musicais para portadores de Síndrome de Down

Após fazer um levantamento sobre pontos fundamentais para a
elaboração de um trabalho efetivo de educação musical para portadores de
“síndrome de down”, foi concebido como um princípio preponderante para o
trabalho a exclusão do “pensar como doente”.
Quando pensamos como doente, sempre esperamos a cura, seja ela
através de tratamento medicinal, cirúrgico ou terapêutico. No caso dos portadores
de SD, não se pode alcançar uma cura, pois a síndrome é causada pela alteração
de um par de cromossomos na constituição celular.
Diante disso, o profissional da educação musical a trabalhar com estes
indivíduos portadores de uma síndrome que etiologicamente não possui causas
exatamente esclarecidas, mas que influenciarão todo o seu desenvolvimento,
motor, cognitivo e comportamental, deve estar capacitado a lidar com crianças
que apresentam entre outros fatores, um sistema temporal de aprendizagem
totalmente diferenciado. Não se pode traçar um plano de ensino-aprendizagem
com estas crianças se baseando em modelos e situações “normais” de trabalho.
As limitações que os portadores de SD apresentam vão desde
defasagens em suas capacidades de relacionamento social, debilidades espaçotemporais,
de lateralidade, perceptivas e demais que afetam principalmente a
prontidão, capacidade essencial para a aprendizagem musical.
No entanto, características apresentadas pelos portadores de SD como o
bom humor são elementos facilitadores para o trabalho dependendo da
capacidade do educador de utilizá-la em atividades propostas.
A partir dessas características, vemos que segundo SILVA (2002) um
planejamento didático eficiente para a aprendizagem de crianças portadoras de
SD deve objetivar:

• Estruturar seu auto-conhecimento;
• Desenvolver seu campo perceptivo;
• Desenvolver a compreensão da realidade;
• Desenvolver a capacidade de expressão;
• Progredir satisfatoriamente em
desenvolvimento físico;
• Adquirir hábitos de bom relacionamento;
• Trabalhar cooperativamente;
• Adquirir destreza com materiais de uso diário;
• Atuar em situações do dia a dia;
• Adquirir conceitos de forma, quantidade,
tamanho espaço tempo e ordem;
• Familiarizar-se com recursos da comunidade
onde vive;
• Conhecer e aplicar regras básicas de
segurança física;
• Desenvolver interesses, habilidades e
destrezas que o oriente em atividades profissionais
futuras;
• Ler e interpretar textos expressos em frases
diretas;
• Desenvolver habilidades e adquirir
conhecimentos práticos que o levem a descobrir
valores que favoreçam seu comportamento no lar,
na escola e na comunidade.

Para Vizelli e Mello a descoberta do “eu” é muito prejudicada no
desenvolvimento dos portadores de “down”, pois já carregam essa característica
“diferenciada” desde os anos de dependência materna aos quais normalmente
uma criança se identifica por sua semelhança som seus familiares e estes por
suas vezes a reconhecem como tal.

 Atividades propostas:



SILVA, Roberta Nascimento Antunes. A educação especial da criança com
Síndrome de Down. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em:
.
VIZELLI, A. C., MELLO, L. Por um novo olhar sobre a pessoa humana e a
prevalecência sobre a deficiência mental. Fundação Síndrome de Down.
Campinas. Disponível em:
humana-e-a-prevalecencia-sobre-a-deficiencia-intelectual-.html

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