Educação
Especial
Conceitos, metodologias e sua real
possibilidade de desenvolvimento no Brasil
Introdução
A
Educação Especial vem de tempos em tempos ganhando mais notoriedade na área do
ensino. Nos países europeus principalmente tem se dado muita atenção a este
tipo de ensino no século XX. Porém percebemos que na maioria dos países em
desenvolvimento, assim como a Educação Convencional os fundamentos da Educação
Especial ainda se desenvolvem de maneira tímida, mostrando algumas dificuldades
caracterizadas pela falta de preparo das instituições responsáveis assim como
os professores também.
Baseando-se
nestas informações, é sugerida a análise de alguns conceitos e metodologias
comumente usados nas definições pedagógicas sobre o assunto.
Educação Inclusiva
O
termo “Educação Inclusiva” refere-se a uma tendência pedagógica nos rumos da
educação especial, ou seja, a educação voltada para indivíduos portadores de
necessidade especiais.
Esta
tendência se caracteriza pela inclusão do portador de necessidades especiais na
educação.
A
educação inclusiva ainda é uma meta relativamente distante no Brasil, porém em
países como a Itália, por exemplo, essa meta já foi alcançada no final dos anos
70 e é desenvolvida até hoje por metodologias que se modernizam constantemente (Cláudio
R. B.).
Tomando
a Itália como um bem sucedido exemplo de inclusão e para melhor compreendermos como
este recurso educacional está enraizado naquele país, basta sabermos que uma característica
educacional que envolve este tipo de integração é a inexistência de estruturas
diferenciadas, como classes ou escolas especiais. Lá os estudantes portadores
de necessidades especiais realmente estão inclusos em instituições e colégios
de ensino regular (Cláudio R. B.).
Do
ponto de vista didático-funcional, a escola tem a incumbência de proporcionar
ao educando com necessidades especiais os mesmos valores sociais que são trabalhados
com os alunos considerados normais, impondo limites, interditando e mostrando
as leis da sociedade (Joana M. R. di Santo).
A
problemática percebida se dá ainda pela falta de estrutura pedagógica para este
caso, das escolas brasileiras e também do despreparo dos professores que ficam
confusos e ansiosos ao se depararem com a inusitada experiência.
Sobre as Dinâmicas em Sala de Aula
Para
Joana Maria Rodrigues Di Santo, a inclusão deve ser propiciada a um determinado
aluno apenas depois que se considerar este apto, a inclusão não se deve
promover a qualquer custo.
Se
a criança está muito agressiva, é a escola que deve se prover de mecanismos uma
avaliação das necessidades do aluno, decidindo se o aluno está apto ou não de
freqüentar um curso regular sendo incluso no sistema.
Muitas
escolas, por despreparo no assunto, possibilitam a presença da mãe na sala de
aula, alegando a importância que ela exerce no filho devido à segurança sentida
pelo indivíduo ao seu lado. Porém, os benefícios, assim como o resultado
percebido em relação ao indivíduo e também a classe envolvida é muito
contestada, pois caberia a escola promover a educação de maneira singular na
vida da criança. Partindo desse pressuposto, a presença da mãe na sala de aula
torna-se uma barreira familiar na educação distorcendo a função da escola que
se deixa influenciar pela figura materna de um aluno.
A
classe envolvida também é prejudicada devido à quebra da dinâmica desenvolvida
pelo professor.
Em
relação às expectativas do professor, é aconselhado que elas sejam condizentes com
as limitações do aluno, porém deve-se precaver sobre os conceitos
pré-estabelecidos, eles podem prejudicar o trabalho do professor comprometendo
o aprendizado do indivíduo (Ilza Zenker Joly).
A Rotina
Para
Ilza Zenker Joly, a rotina proporciona segurança aos alunos portadores de
necessidade especiais.
O
indivíduo com alguma espécie de problema seja ele emocional ou mental é
inseguro por natureza e um possível medo do desconhecido oriundo de aulas
inconseqüentes pode comprometer toda a sua aprendizagem.
Para
essa rotina ser realizada em uma sala de aula é necessário que haja um
planejamento pelo professor sendo que este deve ter um enfoque consistente no
desenvolvimento do indivíduo ou na evolução da turma a qual ele pertence.
Considerações Finais
É
percebido que a inclusão dos indivíduos portadores de necessidades especiais
requer uma ampla capacidade de organização, produção e modernização de
metodologias assim como uma infra-estrutura muito bem definida em relação aos
ambientes proporcionados pelas escolas.
É
sabido que a situação das escolas públicas de ensino fundamental e médio no
Brasil é realmente degradante em sua maioria. Estes aspectos que infelizmente
são muito negativos não são apenas físicos, mas também pedagógicos. Seria muito
difícil promover uma inclusão de qualidade aos portadores de necessidades
especiais no Brasil de forma padronizada, pois ainda não há uma qualificação
satisfatória e uniforme nos profissionais envolvidos com a educação pública
deixando a questão ser desenvolvida pelos profissionais ativos no ensino
privado, o que é muito preocupante, pois percebemos também a elitização até em
uma questão que deveria ser encarada de maneira mais humana que é a da Educação
Musical.
Referências Bibliográficas
JOLY, Ilza Zenker Leme. Música e
Educação Especial: uma possibilidade concreta para promover o desenvolvimento
de indivíduos. Centro de Educação, 2003. Disponível em:
http://coralx.ufsm.br/revce/revce/2003/02/a7.htm
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BATISTA,
C. R. A Integração dos alunos Portadores de Deficiência e o Atual Contexto
Educacional Italiano: pressupostos e implicações. Educação Online, 2001.
Disponível em:
http://www.educacaoonline.pro.br/art_integracao_dos_alunos_portadores.asp?f_id_artigo=72
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Di Santo, J. M. R. Alunos com
necessidades especiais e a presença da mãe na sala de aula. Centro de
Referência Educacional. Disponível em:
http://centrorefeducacional.com.br/alespmae.htm
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