terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Educação Especial



Educação Especial
         Conceitos, metodologias e sua real possibilidade de desenvolvimento no Brasil

Introdução
A Educação Especial vem de tempos em tempos ganhando mais notoriedade na área do ensino. Nos países europeus principalmente tem se dado muita atenção a este tipo de ensino no século XX. Porém percebemos que na maioria dos países em desenvolvimento, assim como a Educação Convencional os fundamentos da Educação Especial ainda se desenvolvem de maneira tímida, mostrando algumas dificuldades caracterizadas pela falta de preparo das instituições responsáveis assim como os professores também.
Baseando-se nestas informações, é sugerida a análise de alguns conceitos e metodologias comumente usados nas definições pedagógicas sobre o assunto. 

Educação Inclusiva
O termo “Educação Inclusiva” refere-se a uma tendência pedagógica nos rumos da educação especial, ou seja, a educação voltada para indivíduos portadores de necessidade especiais.
Esta tendência se caracteriza pela inclusão do portador de necessidades especiais na educação.
A educação inclusiva ainda é uma meta relativamente distante no Brasil, porém em países como a Itália, por exemplo, essa meta já foi alcançada no final dos anos 70 e é desenvolvida até hoje por metodologias que se modernizam constantemente (Cláudio R. B.).
Tomando a Itália como um bem sucedido exemplo de inclusão e para melhor compreendermos como este recurso educacional está enraizado naquele país, basta sabermos que uma característica educacional que envolve este tipo de integração é a inexistência de estruturas diferenciadas, como classes ou escolas especiais. Lá os estudantes portadores de necessidades especiais realmente estão inclusos em instituições e colégios de ensino regular (Cláudio R. B.).
Do ponto de vista didático-funcional, a escola tem a incumbência de proporcionar ao educando com necessidades especiais os mesmos valores sociais que são trabalhados com os alunos considerados normais, impondo limites, interditando e mostrando as leis da sociedade (Joana M. R. di Santo).
A problemática percebida se dá ainda pela falta de estrutura pedagógica para este caso, das escolas brasileiras e também do despreparo dos professores que ficam confusos e ansiosos ao se depararem com a inusitada experiência.

Sobre as Dinâmicas em Sala de Aula
Para Joana Maria Rodrigues Di Santo, a inclusão deve ser propiciada a um determinado aluno apenas depois que se considerar este apto, a inclusão não se deve promover a qualquer custo.
Se a criança está muito agressiva, é a escola que deve se prover de mecanismos uma avaliação das necessidades do aluno, decidindo se o aluno está apto ou não de freqüentar um curso regular sendo incluso no sistema.
Muitas escolas, por despreparo no assunto, possibilitam a presença da mãe na sala de aula, alegando a importância que ela exerce no filho devido à segurança sentida pelo indivíduo ao seu lado. Porém, os benefícios, assim como o resultado percebido em relação ao indivíduo e também a classe envolvida é muito contestada, pois caberia a escola promover a educação de maneira singular na vida da criança. Partindo desse pressuposto, a presença da mãe na sala de aula torna-se uma barreira familiar na educação distorcendo a função da escola que se deixa influenciar pela figura materna de um aluno.
A classe envolvida também é prejudicada devido à quebra da dinâmica desenvolvida pelo professor.
Em relação às expectativas do professor, é aconselhado que elas sejam condizentes com as limitações do aluno, porém deve-se precaver sobre os conceitos pré-estabelecidos, eles podem prejudicar o trabalho do professor comprometendo o aprendizado do indivíduo (Ilza Zenker Joly).

A Rotina
Para Ilza Zenker Joly, a rotina proporciona segurança aos alunos portadores de necessidade especiais.
O indivíduo com alguma espécie de problema seja ele emocional ou mental é inseguro por natureza e um possível medo do desconhecido oriundo de aulas inconseqüentes pode comprometer toda a sua aprendizagem.
Para essa rotina ser realizada em uma sala de aula é necessário que haja um planejamento pelo professor sendo que este deve ter um enfoque consistente no desenvolvimento do indivíduo ou na evolução da turma a qual ele pertence.

Considerações Finais
É percebido que a inclusão dos indivíduos portadores de necessidades especiais requer uma ampla capacidade de organização, produção e modernização de metodologias assim como uma infra-estrutura muito bem definida em relação aos ambientes proporcionados pelas escolas.
É sabido que a situação das escolas públicas de ensino fundamental e médio no Brasil é realmente degradante em sua maioria. Estes aspectos que infelizmente são muito negativos não são apenas físicos, mas também pedagógicos. Seria muito difícil promover uma inclusão de qualidade aos portadores de necessidades especiais no Brasil de forma padronizada, pois ainda não há uma qualificação satisfatória e uniforme nos profissionais envolvidos com a educação pública deixando a questão ser desenvolvida pelos profissionais ativos no ensino privado, o que é muito preocupante, pois percebemos também a elitização até em uma questão que deveria ser encarada de maneira mais humana que é a da Educação Musical.



Referências Bibliográficas
JOLY, Ilza Zenker Leme. Música e Educação Especial: uma possibilidade concreta para promover o desenvolvimento de indivíduos. Centro de Educação, 2003. Disponível em:
http://coralx.ufsm.br/revce/revce/2003/02/a7.htm
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BATISTA, C. R. A Integração dos alunos Portadores de Deficiência e o Atual Contexto Educacional Italiano: pressupostos e implicações. Educação Online, 2001. Disponível em:
http://www.educacaoonline.pro.br/art_integracao_dos_alunos_portadores.asp?f_id_artigo=72
 
Di Santo, J. M. R. Alunos com necessidades especiais e a presença da mãe na sala de aula. Centro de Referência Educacional. Disponível em:
http://centrorefeducacional.com.br/alespmae.htm

 

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