Percebemos nas idéias
dos pensadores iluministas e modernistas a necessidade de combater o ensino
puramente teórico para a formação de um perfeito aprendizado que não subjuga o
racionalismo, mas apenas tenta construir uma linha de equilíbrio que contempla
as emoções, os sentimentos e as distintas formas de manifestação das
personalidades humanas.
A subjetividade no
aprendizado ganha caráter primordial devido aos conhecimentos e trabalhos
proporcionados pelas idéias dos pensadores europeus dos séculos XVI ao XIX.
As contribuições das
tendências analisadas por estes pensadores são até os dias atuais motivo de
aprendizado para professores e instituições que prezam pela qualidade de ensino
as suas crianças e adolescentes.
Os conceitos mais
relevantes sobre a educação moderna foram forjados a partir de pensadores como
Comenius, expressão em latim para Komenský – Jan Amos.
Comenius coloca a
escola como centro de tudo na formação do homem e foi o precursor na
idealização das escolas maternais. Defendia no primeiro estágio da aprendizagem
o desenvolvimento do sensorialismo através dos sentidos, proporcionando as
crianças um aprendizado lúdico, porém baseado em práticas empíricas.
Justificando estas idéias temos sua expressão “qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinado em sua aplicação
prática”.
Podemos perceber nas
reflexões de Comenius afirmações que se contradizem com alguns fundamentos do
renascentismo e posteriormente do iluminismo, pois é muito fácil sentir os seus
ideais humanistas em suas teorias. Não descartava a ligação da educação com o
desenvolvimento social, mas antes de tudo pensava na educação como uma obrigação
divina caracterizando a sua religiosidade.
Outro questionador de
conceitos do seu período foi o francês Jean-Jaques Rosseau. Dizia-se inimigo do
progresso por perceber a inevitável banalização de algumas características
humanas.
A afirmação “o homem é bom por natureza, a sociedade o
corrompeu” explicita muito bem as suas concepções. Seguindo este
raciocínio, acreditava que o ensino antes de tudo deveria ser de ordem
lúdico-espontãnea.
Rosseau alertou para
a necessidade de uma visão diferenciada dos moldes educacionais para a infância
alegando que as crianças vêem, pensam e sentem o mundo de maneira diferenciada.
Questionava a idéia tradicional de que a criança é um adulto em miniatura e que
deve ser educada para a vida adulta.
Os conceitos de
educação natural e a liberação do indivíduo são fortes características de sua
obra e dizem respeito à exclusão da idéia absolutamente intectualista na
educação.
Completando as idéias
abordadas, a afirmação de que “cada fase
da vida tem suas características
próprias”, são ótimos subsídios para a elaboração de metodologias mais
satisfatórias para a educação em geral.
Quando o fator social
é mencionado na história da educação, não podemos deixar de atribuir aos
métodos educacionais o suíço Johan Heinrich Pestalozzi que nascido em 1746 se
estabeleceu principalmente como um fundador de escolas devido a sua preocupação
com o potencial que a educação exerce na melhoria de uma sociedade.
Uma peculiaridade de
Pestalozzi era a idéia de que a educação familiar deveria ter a sua relevância,
pois dizia que para uma educação natural e pura, os ensinamentos recebidos pelo
pai e a mãe assim como os vínculos paternos emocionais serviriam como base.
A influência de
Rosseau nos seus conceitos se dá na necessidade de desenvolver um aprendizado
espontâneo ao aluno em estágio inicial.
A presença feminina
no ensino infantil talvez seja uma herança do alemão Friedrich Froebel que no
século XIX idealizou como modelo de ensino crianças preparadas e educadas por
jovens mulheres.
Froebel é também
lembrado como o fundador da pedagogia do brinquedo e do jardim de infância.
Os brinquedos
educativos como são popularmente conhecidos hoje em dia não teriam existido se
não fosse a intervenção da médica e educadora italiana Maria Montessori na
pedagogia.
Montessori que
trabalhou também com portadores de necessidades especiais elaborou o “Material
Dourado”, sistema que apesar de proporcionar ao aluno o desenvolvimento da
concentração, interesse e a imaginação criadora, foi negativamente
caracterizado pelo individualismo, devido o seu aspecto fortemente baseado no
interior do aluno. Porém, hoje é usado de maneira coletiva, pois é um método
muito eficiente para a concentração das crianças.
Uma forte
característica também é a possibilidade das crianças trabalharem em seu próprio
ritmo, não necessitando desenvolver o espírito de competitividade.
Referências
Bibliográficas
PINOLA,
Andrea R. R.; MAGRO, C. M. T. A.; Bortoloti, K. F. da S. Fundamentos Históricos e Filosofia da
Educação: História da Educação. COC empreend. Culturais LTDA, 2007.
Zacharias,
V. L. C. Centro de Referência Educacional, 2008. Disponível em:
www.centrorefeducacional.com.br/mestres.html.
www.centrorefeducacional.com.br/mestres.html
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